O monitoramento das áreas críticas e a implantação de programas de detecção e reparo de vazamentos se tornaram temas chaves na indústria siderúrgica em função dos riscos envolvidos na atividade industrial.

Nas usinas de siderurgia, todo processo da fabricação do aço, desde a produção do coque até a moldagem e rolagem de lingotes, é feito com a presença de gases e vapores. Tal fator se deve principalmente às altas temperaturas encontradas nas operações de fusão e fundição, que expõem os trabalhadores a diferentes gases nocivos à saúde, mesmo se inalados em baixas concentrações em períodos prolongados.

Além do processo específico de produção do aço, a vulnerabilidade dos equipamentos industriais, passíveis a vazamentos pelo próprio desgaste natural, amplia os riscos de vazamentos e consequente intoxicação dos trabalhadores. Dentro destas operações, os espaços confinados, conversores de oxigênio, altos fornos e coquerias, podem produzir altas concentrações de monóxido de carbono, óxidos de enxofre e compostos orgânico voláteis.

Atualmente, várias normas nacionais e internacionais são adotadas para o monitoramento dos gases na indústria siderúrgica, podendo-se destacar: NR 33, voltada para espaços confinados; NR 15, para atividades e operações insalubres; a EPA Método 25, para a determinação da concentração de compostos orgânicos voláteis por medição com detector de ionização de chama (FID); o Acordo Nacional do Benzeno; e a NBR 16069:2010, voltada para a detecção da amônia.

Principais gases e vapores presentes na indústria siderúrgica e riscos causados à saúde

Gases presentes nos processos siderúrgicos: amônia, benzeno, monóxido de carbono, cloreto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio, cianeto de hidrogênio, óxido nítrico, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, COV e gases combustíveis.

Entre os gases mais perigosos à saúde e segurança ocupacional destaca-se o benzeno e a amônia, que podem causar grandes danos à saúde dos trabalhadores mesmo em curtos períodos de exposição.

Principais sintomas relacionados à exposição da amônia: em maior concentração, a exposição à amônia pode causar asfixia por respiração e queimadura por contato; violenta tosse, com irritação pulmonar, edema e até a morte por asfixia; irritação, cegueira temporária e severos danos aos olhos; ação corrosiva na boca, esôfago e estômago caso haja sua ingestão. Em ambientes contaminados com baixas concentrações, o gás causa irritação nos olhos, incomoda na respiração, causa dores no corpo, febre e vômito, não apresentando efeitos acumulativos.

Principais sintomas relacionados à exposição do benzeno: em altas concentrações, o benzeno é bastante irritante às mucosas (olhos, nariz, boca etc.); provoca edema (inflamação aguda) pulmonar e hemorragia nas áreas de contato, quando aspirado; age diretamente no sistema nervoso central, causando sonolência, tontura, dor de cabeça, enjoo, náusea, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores, convulsão, perda da consciência e, até mesmo, a morte.  Os casos de intoxicação crônica variam de simples diminuição da quantidade das células do sangue até a ocorrência de leucemia ou anemia aplástica. A exposição em longo prazo (crônicos), pode causar alteração na medula óssea, no sangue, nos cromossomos, no sistema imunológico e vários tipos de câncer.

Equipamentos voltados à detecção de gases na indústria siderúrgica

Há dois modelos de equipamentos para detecção de gás, os detectores de gases fixos e os detectores de gases portáteis. Vale ressaltar que, para obter sucesso nas atividades de monitoramento e detecção de vazamentos, é essencial o correto levantamento das áreas críticas e dos equipamentos/gases envolvidos em cada processo industrial para o posicionamento ideal dos detectores fixos e portáteis.

TITAN

Os detectores de gases fixos são instalados nas linhas produtivas, em áreas mais críticas e passíveis a vazamentos. Realizam o monitoramento das concentrações de forma continua, detectando a presença de gases acima dos limites estabelecidos, com alertas e controles de emergência. Alguns gases, como o Benzeno, precisam de detectores específicos. Hoje, o único detector de gás fixo desenvolvido para benzeno é o TITAN, comercializado no Brasil pela empresa Enesens.

Os detectores portáteis são utilizados junto aos operadores e demais funcionários da indústria quando estes transitam em locais de risco. No Brasil são comercializados aparelhos de diversos fabricantes e todos devem seguir o estabelecido nas NRs vigentes. Os aparelhos podem configurados para um ou mais gases presentes nos processos industriais.

Para tanto, a utilização de projetos detalhados, feito por especialistas da área de detecção, é o caminho mais indicado para uma indústria que, trabalhando com gases e vapores em suas atividades industriais, desejem ter segurança e garantias na área de saúde e segurança ocupacional.

Mais informações em enesens.com.br.