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Mais que termos e metodologias voltadas à detecção, monitoramento e reparo, é uma questão ambiental, de segurança e econômica.

A liberação indesejada de compostos orgânicos voláteis (COV) na atmosfera, em concentrações de partes por milhão (ppm), é denominada tecnicamente como emissões fugitivas. Estão presentes nos processos produtivos das indústrias do mundo, como as petroleiras, refinarias, petroquímicas e siderurgias, e são responsáveis pelos mais diversos acidentes ambientais, tão conhecidos e divulgados pela mídia.

Dentro deste cenário, observa-se diferentes focos de discussões. Alguns estudiosos abordam sobre a necessidade de se reduzir as emissões fugitivas para assegurar a vida das próximas gerações. Outros, principalmente nas indústrias, reforçam a necessidade de reduzi-las em função dos custos com perdas por vazamento. Ainda existem aqueles que, talvez dentro de um cenário utópico, reforçam a necessidade de se chegar ao vazamento zero, sem analisar que estes processos produtivos trabalham com equipamentos com presença de juntas e gaxetas.

Independente do foco da discussão, o mundo já chegou à conclusão de que, de fato, as emissões fugitivas de COV precisam ser identificadas, monitoradas e reparadas. Tal fator, decorreu no desenvolvimento de normas e padrões de condutas globais, como o EPA 21 (Environmental Protection Agency) e o LDAR, (Leak Detection and Repair) cada vez mais difundidos a adotados pelas indústrias globalmente.

US-EPA-logo

O método de controle EPA 21

O EUA foram o primeiro país a estabelecer um controle efetivo sobre as emissões fugitivas, a partir do “Clean Air Act”, em 1970 pela EPA. Para monitorar estas emissões, foi desenvolvido o “Método 21” (EPA Reference Method 21), que utiliza um analisador de gases portátil para determinação de COV, com características apropriadas, intrinsecamente seguro para operação em atmosferas explosivas.

O monitoramento dos vazamentos é feito em ppm que, dependendo do fluido, pode ser um valor relativamente alto pelas características toxicológicas ou de periculosidade, com o consequente comprometimento ambiental, riscos pessoais, integridade dos ativos e de acidentes.

Entre os produtos que devem ser monitorados pelo “Método 21”, ressalta-se o selo dos eixos de bombas, compressores e agitadores, hastes de válvulas, válvulas de alívio de pressão e flanges, além dos demais componentes da tubulação e pontos de amostragem.

emissões fugitivas enesnes

LDAR (Leak Detection and Repair Program) ou Programa de Detecção de Vazamentos e Reparos

Baseado nos estudos da EPA, o Programa de Detecção de Vazamentos e Reparos foi desenvolvido em 1995 nos EUA, conforme documento EPA-453/R-95-017 Protocol for Equipment Leak Emission Estimates. Foi criado posteriormente ao EPA 21, que se restringe em analisar a integridade da planta sobre possíveis vazamentos acima dos limites estabelecidos e identificar os pontos de manutenções necessárias para eliminar as emissões fugitivas.

Após vários estudos para estabelecer a correlação entre o valor dos vazamentos em ppm e seu fluxo em massa (kg/h), a EPA possibilitou a medição quantitativa das emissões fugitivas de COV em uma unidade de tempo, estimando o valor anual dessas emissões fugitivas e seu custo correspondente. Então estabeleceu um programa de detecção de vazamento e reparos, o LDAR, que, além de reduzir a poluição e riscos de acidentes, trazem importantes benefícios econômicos para as indústrias que o adotam.

Atualmente, no mundo, existem poucos fornecedores de soluções que se adequam ao “Método 21” e ao LDAR. Em sua grande maioria, as emissões fugitivas de COV não podem ser detectadas por meio de inspeções visuais, exigindo equipamentos especiais, de tecnologia de ponta. Além disso, se a perda (vazamento) ocorrer com fluídos severos e quimicamente perigosos, a quantificação e controle dessas perdas têm que ser muito rígidos.

Logo_TheSniffers

Em 2015, visando trazer para o Brasil soluções que atendam aos padrões do EPA, principalmente ao LDAR, a nacional ENESENS fechou parceria com a multinacional belga The Sniffers, uma das líderes mundiais neste setor, com projetos implantados em mais de 200 clientes e 700 plantas industriais. A The Sniffers possui 20 anos de experiência em emissões fugitivas, trabalhando em vinte países, de acordo com as suas recomendações normativas; com metodologia e solução de TI exclusivas no mundo, como os cães Sniffers e o software SFEMP.

A ENESENS, com amplo know how na área de detecção de gases, possui soluções para os mais diversos segmentos da indústria, operando com os principais equipamentos de detecção nacionais e internacionais (Drager, Oldham, GMI e MSA). Com a parceria com a multinacinal belga, passará a trabalhar com maior competência e diferenciação no setor de identificação, reparo e monitoramento de emissões fugitivas de COV, acompanhando a tendência das grandes indústrias instaladas no país. Atualmente, essas indústrias já buscam se adequar aos padrões de boas práticas desenvolvidos pela EPA, além de atender às recomendações da legislação local de segurança do trabalho, saúde e meio ambiente, como a NR-15, NR-20, norma CETESB para Inventario de emissões, CONAMA 03/1990: PRONAR (Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar) entre outras normas